Estudar um livro: descubra como fazê-lo de forma agradável e destravar sua vida

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Estudar um livro ou qualquer outro conteúdo pode ser algo desafiador para muitas pessoas. Afinal, é comum a associação dessa atividade com algo chato e entediante. Mas é totalmente possível virar o jogo e ter uma outra opinião a respeito.

Estudar um livro pode e devee ser uma experiência agradável e enriquecedora. Foto: Viet

O estudo é uma construção. Você vai se aprimorando, adquirindo conhecimento e, ao ver os resultados, quer continuar e seguir em frente.

É exatamente como funciona uma rotina de exercícios físicos: você vai se mantendo, começa a melhorar sua qualidade de vida e, apesar das dores musculares e eventuais cansaços, nem passa pela cabeça a palavra desistência.

Para isso, é preciso tomar algumas ações e saber que o estudo como algo chato é uma ideia, uma abstração. Durante gerações, vamos apenas passando para a frente um sistema que nem sabe para onde está levando quem está inserido nele. Sem motivos, objetivos e método, não há quem continue.

A partir de agora, você vai saber como estudar um livro de modo que os reflexos disso se estendam para todas as áreas da sua vida. Você vai notar os resultados e aí não tem quem te segure.

Prefere ver em vídeo? Veja aqui:

De onde vem a ideia de que estudar um livro é chato?

Vem de onde menos deveria vir: da escola. Infelizmente.

São poucas as oportunidades nas quais se relaciona o conteúdo de um estudo à vida real. Sempre tudo está tão distante da realidade dos alunos, que eles veem o que estão aprendendo exatamente assim: como algo distante, que nunca vão usar na vida. Já aconteceu isso com você?

A escola, de forma desproposital, passa a imagem de que ler é chato. Foto: Alexandra Koch

Quando livros paradidáticos são incluídos no planejamento, geralmente os estudantes fazem as mesmas tarefas: provas, trabalhos, resumos… a história, as ideias, ficam lá, no tempo em que foram escritas, para as pessoas que viviam nessa época. 

E não tem como entender, se motivar e aprender se você não tiver o mínimo de conexão com o conteúdo que está ali no livro.

E como fazer isso?

Por exemplo: é muito comum estudar Dom Casmurro, de Machado de Assis, nas escolas, com os adolescentes. É uma obra do século XIX, um outro mundo, com outros costumes. Como isso deveria despertar o interesse de quem estuda?

A obra começa com Bentinho e Capitu adolescentes, se descobrindo para o amor. Isso é algo que não muda conforme as gerações. Adolescentes sempre foram e sempre serão assim. Logo, por que não explorar isso? Fazer uma comparação entre as gerações do passado e presente já é uma forma de criar conexão.

É isso. Para que você tenha mais motivação para estudar um livro, precisa criar um vínculo com ele, trazê-lo para a sua realidade. Se você não aprendeu a fazer isso, continue lendo e vamos lá!

Estudar um livro sem tédio: as estratégias

Quando se fala em estudar um livro, logo vem à cabeça um tempo gigantesco dedicado a isso, além de ficar concentrado por horas tentando memorizar cada parágrafo do texto, não é?

Esqueça essa imagem. O dia a dia dificilmente nos permite ter essa rotina. No entanto, é possível obter resultados ainda melhores mais rapidamente – é só saber usar as estratégias disponíveis.

Conheça algumas delas a seguir.

A escolha do livro

Quando você escolhe o livro por conta própria (sem ser algo exigido por qualquer curso que esteja fazendo), precisa ter um olhar bem apurado para fazer essa seleção.

Entretanto, quando se tem conhecimento dos tópicos a seguir, essa tarefa se torna muito mais simples e, com o tempo, mais rápida. Você se conhece como leitor e sabe muito bem o que precisa e quer!

É uma questão de autoconhecimento mesmo.

A escolha do livro deve estar de acordo com suas preferências e/ou necessidades. Foto: Lil Foot

Então, para que você escolha bem o livro que vai ler e estudar, pelo menos um desses tópicos precisa ser atendido. O conteúdo precisa:

  • Estar de acordo com suas preferências, ser algo que você goste naturalmente;
  • Ter um conteúdo que você precisa aprender, seja para desenvolvimento pessoal ou profissional;
  • Despertar sua curiosidade, seja por ser um livro muito comentado ou porque atende aos dois tópicos anteriores.

A motivação é importante, mas vem depois desses dois tópicos. É mais difícil se sentir encorajado sem ter uma razão pessoal para isso, não é? E não é só em relação à leitura.

Quando você se coloca em primeiro lugar e tem a certeza de que o conteúdo de um determinado livro vai te ajudar de alguma forma, você estuda e não desiste, pois sabe que lá na frente os resultados vêm!

Reflexão antes da leitura

Antes de começar o compromisso, ou seja, ler, obtenha o máximo de informações sobre a obra. Isso você pode obter na internet (cuidado com spoilers, procure por sinopses), a própria orelha do livro ou seu sumário.

Com a certeza de que você poderá alcançar o objetivo estabelecido, se pergunte quais são as suas expectativas com a leitura. Tenha em mente essas perguntas:

  • O que vou aprender com esse conteúdo?
  • De que forma vou aplicar esse conhecimento na minha vida?

As respostas variam muito, dependendo do tipo de obra. Estudar um livro de filosofia, por exemplo, é diferente de um de literatura, onde há uma história, personagens e outros pormenores que não podem ser ignorados.

O liro precisa ser “fichado” antes da leitura

Podemos conversar sobre isso depois, com mais calma, em um outro texto, para não fugir do foco aqui.

A seguir, vamos falar do estágio que compreende o período de leitura, durante toda a absorção desse conhecimento. 

Microrresumos: o ápice de estudar um livro durante sua leitura

planner de leitura e estudos - microrresumo
O microrresumo é um recurso rápido, simples e eficaz

São aqueles resumos de poucas linhas (no máximo cinco) feitos após a leitura diária. Esses pequenos textos não levam mais do que cinco minutos do seu tempo (com a prática, dois ou três são suficientes). 

Essa é uma oportunidade que você tem para recapitular o que ficou da leitura, aquilo que considera mais importante. O registro, principalmente para quem aprende melhor através da escrita, faz com que este conteúdo passe para a memorização de longo prazo. 

Assim, é muito mais difícil para você esquecer o que leu. E mais: as chances de você usar o que aprendeu em qualquer área da sua vida aumentam consideravelmente. É um desbloqueio, um destravamento mesmo.

Revisão semanal

Após sete microrresumos, que correspondem a uma semana de leituras, você usa este conteúdo (nada diretamente do livro) e faz um apanhado de uma outra forma. Pode ser pequenas frases, imagens, um mapa mental ou qualquer outro recurso.

Essa também é uma tarefa curta, que leva aproximadamente meia hora. Logo, se levarmos 35 minutos dos microrresumos (em média 5 para cada um) e incluirmos meia hora dessa revisão semanal, você dedica pouco mais de meia hora nesse período para fazer um resumo que realmente funciona.

Reflexão depois da leitura: o resultado de ter estudado o livro

Após o término da leitura, não se trata apenas de fechar o livro e ir para o próximo. Assim como no começo, há algumas perguntas que você, como leitor, precisa fazer:

A reflexão pós-leitura revela os seus resultados
  • As expectativas estabelecidas lá no começo da leitura foram atendidas?
  • Qual parte do conteúdo do livro eu vou levar para a vida?
  • Em que setor da vida esse conhecimento será mais útil? Profissional, relacionamentos, autoconhecimento ou outro?
  • O que eu aprendi ao ler e estudar o livro?

Com isso estabelecido, você já pode ir para o próximo item da sua lista de desejos.

Você viu maneiras de estudar um livro de maneira que faça sentido na sua vida e no seu aprendizado. Fique de olho aqui no blog, pois sempre haverá conteúdos relacionados (veja dois logo abaixo). No Instagram @minhasleiturasdestravadas, há conteúdos feitos diariamente! Acompanhe, leia e viva melhor!