Pirâmide de aprendizado: como ela pode te ajudar nos seus estudos
Já ouviu falar em pirâmide de aprendizado? Se não, imagine como é essa figura, com uma base e o topo. O que pode ser colocado em cada lugar? E o que isso tem a ver com estudos?
Aqui mesmo no blog já falamos sobre ela de forma breve. Pois bem, agora tem um texto só para discutir sobre isso, não só em relação à pirâmide em si, como também sobre as reflexões que suas informações trazem!
Esses elementos são consideráveis para tornar os seus estudos muito mais proveitosos – e suas leituras também, já que a teoria também menciona o ato de ler.
Entenda tudo sobre a pirâmide de aprendizado a seguir, inclusive como ela pode ser útil para você.
Prefere em vídeo? Veja aqui!
Como surgiu a pirâmide de aprendizado?
Conhecida como Pirâmide de Aprendizagem de William Glasser, leva o nome de seu criador, um psiquiatra norte-americano.
Segundo ele, a memorização não é um recurso eficiente para o aprendizado, pois depois de algum tempo o estudante esquece o conteúdo.
Por isso, ele chegou a alguns números que mostram a porcentagem de conhecimento retido na memória, de acordo com a forma com a qual um indivíduo o recebe.
A figura fala por si só:
Como você pôde perceber, a imagem mostra que as ações que fazem parte do estudo ativo conseguem reter melhor o conteúdo aprendido, ao passo que as atividades passivas, que não envolvem a participação do aprendiz, têm uma taxa bem menor.
Esses números, assim como a pirâmide de aprendizado, não foram validados pela ciência, apenas por William Glasser. No entanto, antes de sair torcendo o nariz, as informações mostram algo bem fácil de comprovar: o estudo ativo promove um aprendizado melhor.
Então, vamos analisar cada uma dessas ações e mostrar como elas podem ajudar nos seus estudos e leituras.
Métodos de aprendizagem passivos
Trata-se daqueles nos quais o indivíduo apenas recebe a informação, o conhecimento, não participando ativamente de seu processo de aprendizado. Isso pode ser através de um professor, livros, vídeos, áudios e outros materiais.
Vamos começar pela leitura, mas ainda tem:
- Escuta
- Vista
- Vista e escuta
Leitura
Ao ler um livro ou qualquer outra publicação, você, se não incluir um método de estudo ativo, terá apenas a informação não estudada.
De acordo com a pirâmide de aprendizado, a retenção é de apenas 10%. Logo, levando em consideração este dado, de cada 10 páginas, apenas uma fica na lembrança do leitor.
Assim, quando se trata de livros ou outras publicações que não sejam de ficção, faça a seguinte experiência: leia cerca de 10 páginas de um livro (ou um tópico, um capítulo, como preferir) e, quando terminar, continue lendo, mas estudando, fazendo anotações e resumos. Note a diferença.
Escuta
Mais relacionada com aulas (presenciais ou remotas) ou áudios em geral, como podcasts, por exemplo.
A pirâmide de William Glasser defende um aprendizado de 20% do conteúdo.
Se você estuda em escola, faculdade ou qualquer outro curso, é fácil tirar a prova: tente não fazer nenhuma anotação em alguma aula, apenas escute o professor. De qual forma você acha que vai aprender mais? Com ou sem registros?
Vista
Glasser afirmou que o estudante consegue reter cerca de 30% do conteúdo. Os recursos visuais também podem ser comprovados em aulas, além de vídeos.
Envolve indiretamente a aprendizagem visual, na qual a pessoa assimila melhor o conhecimento ao contar com o que ela vê. Neste caso, tudo é fornecido pelo professor ou tutor. Se você faz alguma apresentação, mapa mental ou qualquer outro material, já se torna um método ativo, como veremos mais adiante.
Vista e escuta
Nada mais é do que as duas anteriores juntas. Muito comum em aulas e vídeos.
A pirâmide de aprendizado prevê uma retenção de 50% (a soma das duas separadamente). Dos métodos passivos, é o que mais mostra eficiência, de acordo com os dados.
Agora vamos abordar os métodos de aprendizagem ativos, os quais o aprendiz produz.
Métodos de aprendizagem ativos
Não é preciso você estudar no sentido literal da palavra para aprender ativamente sobre um determinado conteúdo. Você verá que eles são bem versáteis e podem ser escolhidos conforme a sua preferência ou a complexidade do conteúdo.
São eles:
- Conversar, debater, classificar, numerar e definir
- Praticar
- Ensinar aos outros
Conversar, debater, classificar, numerar e definir
As classificações, numerações e definições podem ser feitas individualmente. Mas como fazer cada uma delas?
- Classificação – colocar em categorias. Por exemplo: ao estudar os diversos tipos de investimento, classifica entre os de curto e longo prazo;
- Numerar – qualquer teoria relacionada com números, para definir uma ordem, por exemplo, separando em tópicos. Uma maneira de fazer isso é quando você aborda o desenvolvimento infantil e vai enumerando as fases da infância, como a número 1 sendo do nascimento até o momento em que o bebê começa a andar;
- Definir – procurar conceitos rápidos, explicados em poucas linhas. Ainda pegando o exemplo do investimento, explicar brevemente como é cada um deles.
As conversas e debates precisam de no mínimo um interlocutor. Os estudos podem ser feitos individualmente, mas essa etapa precisa da interação.
A pirâmide de Glasser dá uma retenção de 70% do conteúdo.
Praticar
Vira e mexe falo disso no Instagram (aliás, me siga para falarmos disso todos os dias). A gente mantém o estudo e a leitura tão distantes, que praticar parece muito difícil ou até impossível!
De acordo com a pirâmide de aprendizado, você aprende de fato 80% do conteúdo estudado. Os dados são baseados nas pesquisas de Glasser, mas se você fizer o seu próprio experimento, vai poder comprovar.
Ao praticar algo, você tem o risco de errar e, se levar isso de forma saudável, é um aprendizado extra.
Por isso, experimentos envolvendo ciências são tão fundamentais na escola.
Ensinar aos outros
Segundo Glasser, quando você ensina a alguém o que aprendeu, retém mais de 90% do conteúdo! Isso eu posso confirmar na prática: aprendi muito mais inglês como professora do que em cursos, como aluna. Isso é real.
Quando você ensina, se preocupa com a exatidão da informação, além da forma, para não ser algo tão complexo. Só essa revisão, mesmo que seja mental, já ajuda a fixar esse conteúdo na memória de longo prazo.
A técnica Feynman de estudos (falamos sobre ela neste texto aqui) é sobre isso: você resume o que estudou como se estivesse explicando para uma criança de 5 anos ou alguém totalmente leigo.
Ainda que a pirâmide de aprendizado não tenha uma comprovação além da do autor, você pode testar cada item. Ainda verifica o que você se identifica mais e onde William Glasser realmente estava certo.
Enquanto você testa, leia mais dois textos abaixo e compartilhe este texto com algum genial que está firme nos estudos!